Modelo cinético de dispersão do coronavírus no ar
Depois de ler o material, muito bem elaborado pelo Prof. Dr. Luís A. A. Terremoto, aproveitei para utilizar dois dos modelos dele para calcular a viabilidade da dispersão por aerosol deste patógeno.
Veja nas figuras ao lado a projeção para o modelo de gotículas pequenas, onde o aerosol formado após um espirro leva cerca de 5 segundos para percorrer apenas 19,3 cm no eixo x (horizontal) e cair aproximadamente cerca de 82 cm, considerada uma altura segura para não transferir gotículas no rosto de outras pessoas.
Já para o modelo de gotículas grandes, o aerosol após o espirro leva cerca de 0,72 segundo para percorrer no ar uma distância (horizontal) de aproximadamente 83,1 cm e cair aproximadamente cerca de 1,5 m (altura esta determinada como a distância média entre a boca e o chão de uma pessoa com estatura média de 1,7 m).
Ou seja, de acordo com o modelo proposto pelo Prof. Terremoto, a via de transferência por meio de aerosol disperso no ar demonstra viabilidade de transmissão do coronavírus, seja ela pela pequena distância percorrida por gotículas pequenas ou seja pela rápida queda das gotículas grandes carreadoras do vírus durante o espirro.
PS. A prática de cobrir o nariz e a boca durante o espirro é fundamental para evitar a dispersão, mesmo nas condições calculadas pelos modelos cinéticos, e assim evitar possíveis transferências para superfícies, mãos e outras pessoas próximas a menos de 1 m de você. Fora que, é um sinal de educação cobrir o rosto com o antebraço ao espirrar.
Gostei da experiência!


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